29.1.07

C'était un Rendez-Vous

C'était un Rendez-Vous é um clássico de culto do realizador francês Claude Lelouch.

Filmado em 1976, tratava-se de um sonho antigo que se tornou realidade quando Lelouch, depois de terminar a rodagem de um filme, se viu com 10 minutos de filme livres, suficientes para uma mera take, e com o seu equipamento de filmagem a um par de dias de ser devolvido.

Devido à sua ilegalidade e consequente proibição durante décadas, vários mitos foram criados em relação ao filme: O carro em questão seria um Ferrari 375 GTB4, conduzido por um piloto de F1 amigo do realizador. Na realidade, foi o próprio Lelouch que, numa madrugada de Agosto, com uma câmara de filmar montada no pára-choques de um Mercedes 300SE sedan, passou sinais encarnados, fez razias a peões e atingiu velocidades superiores a 225 kms/hora. O trajecto leva-o desde a Porte Dauphine até às escadarias de Montmartre em menos de 9 minutos.
Outro mito seria de que Lelouch teria sido preso e teria recusado revelar o nome do condutor. Na realidade, depois de se ter mantido durante uns tempos como um fenómeno underground, o nome do realizador chegou eventualmente aos ouvidos da polícia. Levado à presença de um comissário policial, este pediu-lhe a carta de condução, olho-a durante 10 segundos e ergueu o olhar. Lelouch recorda as palavras que se seguiram: "os meus filhos viram o seu filme", disse. "Adoraram, já o viram muitas vezes". Depois de uma breve pausa, retomou o discurso: "Prometi ao Presidente da Câmara (de Paris) que lhe ia retirar a carta, e fi-lo" disse o comissário, devolvendo-a de seguida a um perplexo Lelouch. "Por favor não repita algo assim" disse, sorrindo.

C'était un Rendez-Vous, por Claude Lelouch

Tendo tomado conhecimento desta história há recentemente pouco tempo, pareceu-me curioso que, passado 30 anos, Lalouch tenha dado pela primeira vez permissão a que as suas filmagens fossem utilizadas por terceiros. E quem foram os eleitos se não uma das minhas bandas preferidas, os Snow Patrol que usaram as imagens como videoclip do novo single Open Your Eyes!

Open Your Eyes, by Snow Patrol

Au revoir!

Good Morning

Estúdios da BBC. Um taxista é chamado para uma entrevista de trabalho. Enquanto espera ser atendido, confundem-no por um convidado especial que vinha dar o seu parecer sobre uns desenvolvimentos no mundo da internet e, mais especificamente, dos mp3. Só visto.

28.1.07

Feliz Fevereiro de 2007

são os desejos de toda a equipa que vos traz, assiduamente, o escritório de monsieur lavagante.

24.1.07

Chris Christmas Rodriguez


Isto dos posts é como os frutos. Têm época. Depois de um período de escassez, eis que me vejo largando aqui post atrás de post, assediando de maneira quase doentia os poucos leitores que ainda possúo. O que hoje aqui largo é das melhores coisas que tenho visto. Uma campanha feita pela Mother London - uma agência de publicidade famosa por ser das mais criativas do mundo - para a eleição de CCR em deterimento do tradicional e fora de moda Pai Natal.
O 1º anúncio é brilhante: "Stuck with unwanted guests this christmas?". Os segundos são spots de continuidade para estabelecer a imagem do candidato na mente dos votantes. Muito bom.

23.1.07

As 25 piores capas de 2006

2006 foi um grande ano para muita gente. Foi também um ano assim-assim para outros tantos. E depois houve pessoas que tiveram azar e/ou cólicas.

Assim sendo, aqui fica a lista, feita pela pitchfork, das piores capas de cd's do ano transacto: TOCAI EM MIM, POSSANTE LEITOR.

Para equilibrar a balança, deixo também aqui a minha maior descoberta musical de 2006. Não é
listener friendly, mas quem gosta de música alternativa e a descair para o experimental não pode, repito não pode, deixar passar Xiu Xiu. Coincidência ou não, esta banda leva o meu troféu para melhor capa de 2006, com o último álbum, The Air Force.

19.1.07

Blind Volleyball

Mantendo a minha cruzada em prol de uma maior frequência na elaboração de posts, devo dizer que recebi hoje, directamente de Miami, os registos fotográficos do jogo que inventei, o Blind Volleyball. Para quem não sabe o que isto é, clique aqui ou desça ao post que tem como título the office.

Com as seguintes imagens, no entanto, presumo que o mais amblíope de todos os adeptos de volleyball perceba de que trata o jogo.


À espera que a outra equipa execute o serviço, a tensão é aterradora, pois a bola pode surgir de qualquer parte. A imprevisibilidade é o atributo chave desta modalidade.

Como inventor, tive que me tornar o principal catalizador e dinamizador de novos movimentos, qual Ronaldinho no futebol. Na foto, o meu famoso "salta para o ar com um timing terrível mas mesmo assim consegue lançar a bola de forma atabalhoada para o lado contrário".

16.1.07

Scientology

Já há muito tempo que estou para pôr este vídeo no blog. Ou então já o pus a certa altura e estou-me a repetir. De qualquer das formas, aqui está ele.

A explicação no South Park sobre o que é a cientologia. Toda a teoria por detrás desta pseudo-religião é tão absurda que os humoristas que escrevem a história do referido programa não tiveram que inventar nada. Tom Cruise, Jenna Elfman e José Maria Norton de Matos são algumas das personalidades que se converteram. Só visto:



Mais informações procurem no Youtube ou vejam o website:
http://www.scientology.com/

10.1.07

Gerard Doustraat, 132-1

Olá.

Já cheguei a amsterdão. Chove incessantemente. Cheira a ganza. A minha casa é óptima. Abraços.


Afinal tenho mais 5 minutos para escrever, pelo que vou dar um cheirinho daquilo que foram estes primeiros dias. O vôo para cá foi suportável, mesmo com uma escala de 4 horas em Madrid. Vim na companhia de Sofia Pereira, que veio à Holanda apresentar o portfolio a ateliers de arquitectura. A ela, muitos parabéns, pois a viagem foi bem sucedida.

Chegado à Holanda, comboio até à central station de amsterdão. Para variar, comprei um bilhete errado: aparentemente studeentkaardensteinpristen (recriação irreal do nome) não é bilhete para estudante. No entanto, fiz-me de parvo e vim em 1ª classe. Chegado ao centro da cidade, monhés. Milhares de monhés até onde o olho alcança. Os emigrantes marroquinos e sabe-se lá mais de onde são imensos aqui. Todos eles têm um taxi ou um restaurante. Alguns, quem sabe, têm ambos. 30 taxistas à conversa e nenhum se dignava a tirar-me da chuva, a mim e às minhas 3 malas, e a levar-me a casa. Cabrões. Finalmente algum se dignou a prestar-me atenção e pusemo-nos a caminho.

Hoje em dia qualquer um pode ser taxista: este senhor não fazia a mínima ideia onde era a minha rua. Mesmo tendo GPS, deixou-me a milhas da mesma, depois de ter subido passeios para entrar em estradas de circulação proíbida, de ter mandado muita gente para um certo sítio e de eu ter perdido a paciência: "leave me here, can't be that far away". Julgava eu. Olhei para o lado da estrada onde o número era o 151. Em Portugal, segundo sei, os números de ambos os lados da estrada costumam estar mais ou menos próximos. Aqui, aparentemente, não. 151 do lado de lá, 280 deste lado. A chover, lá tive que andar uns bons 5 minutos com as malas todas atrás. Chegado a casa, larguei as malas e fui acabar de ver o arsenal liverpool. Cheguei lá em cima do apito final, voltei para casa e adormeci na cama. Emocionante.

Dia seguinte, mudar a disposição da mobilia no meu quarto. Mas antes, a casa: É um prédio castiço de 3 andares. No primeiro está uma loja de música que costuma animar a nossa sala com sons de saxofone. Ao lado da loja está a nossa porta que, ao ser aberta, dá directamente para umas escadas íngremes que nos levam à sala de estar. Enorme, com 2 sofás, televisão e mesa de jantar. Cozinha decente e um género de varanda lá atrás. No centro da sala, encostado a um dos lados, umas instáveis escadas em caracol para o 2º andar, onde em frente temos a casa de banho, à esquerda um quarto e à direita outro, o meu. Estamos muitíssimo bem instalados. A casa é boa e está localizada num sítio óptimo: lojas e tudo o que precisamos. Na rua atrás de nossa casa, de 2ª a sábado há um mercado onde podemos comprar de tudo, desde pilhas e casacos até fruta e peixe do dia.

As aulas são nas agências, puxadas segundo ouvi dizer. Em breve colocarei aqui fotografias.
Para já, 2 pessoas já marcaram visita. Estou disponível para acolher quem quiser.

Hoje comprei bilhetes para os concertos aos quais posso ir, nos 2 meses e meio que cá estarei. A saber:
11/1 - The Magic Numbers
18/1 - Ed Harcourt
28/1 - Isobel Campbell & Mark Lanegan
31/1 - Badly Drawn Boy
8/2 - Clap Your Hands Say Yeah!
16/2 - The Album Leaf
21/2 - The Decemberists
25/2 - Explosions In The Sky
1/3 - JET

Não vou poder ir ao Jason Molina, pois no início de Fevereiro estou em Portugal para o casamento do Duarte Castro, mas assim, de certo modo, vingo-me dos 6 meses em Miami em que só fui ao concerto dos Death Cab For Cutie.

T-xau.
L

3.1.07

Taste the Rainbow!

Estranho, não é? Não gosto de sapateado porém adoro sapatos. E tenho dentes. 30 e tal já que falamos nisso. Estranho também é que estudo publicidade e nunca fiz um post sobre tal assunto.

Trago hoje aqui então uma série de anúncios para os "skittles", aqueles rebuçados com várias cores. Em Portugal estes anúncios não passaram, ou passaram antes e depois do Tide e perderam a côr, sei lá. São anúncios completamente nonsense.
Bye Bye.