27.12.06

The Office

Cada trimestre na Miami Ad School consiste em 2 meses e 1 semana de aulas, 1 semana de estúdio e, depois, 15 dias de descanso. Findas as férias, o ciclo recomeça.

Ora a semana de estúdio consiste em 7 dias em que só trabalhamos. Quando digo que só trabalhamos não digo que trabalhamos e não temos aulas. Não. Quando digo que só trabalhamos digo que trabalhamos e não vivemos. Temos que ter tudo pronto na data limite e são dias em que se trabalha até às 4 da manhã, para se acordar às 10 e nos sentarmos novamente em frente ao macintosh. De doidos, é o equivalente escolar do famoso sprint final que tornou famosa a prova de 400 metros barreiras.

Em Miami a escola era grande, mas sem grande privacidade. Salas abertas, acesso à internet wireless, à excepção de uma piquenita sala onde eu "acampei" nessa última semana. E o que começou por ser o meu escritório, acabou por se tornar o The Office onde eu e os meus principais amigos passávamos o tempo. Para baptizar essa sala, tirámos umas quantas fotografias:


esquerda para direita, cima para baixo: Graham Douglas (Dallas), Eu (Lisboa), Matt Clark (Missouri), Yelan Tong (Detroit).


Em Miami sou extremamente alto. E sou feito de cartão. Logo, quando chove fico flácido.


Matt Clark, 27 anos de idade. Graham Douglas, meu companheiro de piso, 22 anos. Ambos grandes palhacetes.


Eis o que sucede quando me pedem a minha melhor pose empresarial.


After Hours.


Segue-se um episódio curioso para os verdadeiros apreciadores de episódios curiosos.
A escola, oficialmente, fecha à meia noite. Mas normalmente há pessoas que têm a chave (porque trabalham em part time na recepção), o que possibilita que se fique a trabalhar até se conseguir. Uma dessas pessoas é a americana de ascendência chinesa, Yelan. E foi numa dessas largas noites, num momento de descompressão, que inventei um novo jogo. (O meu 2º, depois do mui polémico 21 com as raquetes de praia).

Ora muito bem, na escola anda perdida uma bola de vóleibol redonda. Na escola há também muitos painéis com 2 metros de altura e 5 de comprimento, feitos de metal onde se colocam os trabalhos. Esses painéis estão na galeria, uma enorme sala onde são todas as conferências, cerca de 10 em cada lado, com um enorme espaço no meio.
O que acontece quando se desloca um desses painéis (que possúem rodinhas) para o meio da sala, dividindo-a em 2, e se colocam 4 atletas de elevado calibre de cada um dos lados a "passar" a bola redonda? O novo jogo de minha autoria, blind volleyball. Como nenhuma equipa se vê e a bola aparece do nada, imaginem o pagode. Blind Volleyball a desporto olímpico JÁ!

Um grande abraço a todos e um 2007 quase tão bom quanto o meu!
L

2 Comments:

Blogger El-Gee said...

"Em Miami sou extremamente alto. E sou feito de cartão. Logo, quando chove fico flácido." --> nonsense ao nivel dos melhores!!

sexta-feira, 29 dezembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Lavas, por 2 dias tinhamo-nos encontrado again. Encontrei o teu Miami muito quente, com alguma chuva. Ao passear por South Beach reparei no prédio da Miami Ad School e uma lágrima ameaçou escorrer-se pela minha face. Muitos parabéns pelos prémios e lamento, mas acabei de vender o jogo Blind Volleyball à Concentra por 10 milhões de dólares. Mando-te um berlinde por correio. Ah, tenho Tivo'd o Entourage, tou viciadíssimo - maior mel de série.

terça-feira, 02 janeiro, 2007  

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