a Holanda, já dizia o outro.
E dizia, se bem que a gaguejar, muito bem.
Ora passei eu hoje de manhã por uma pequena tenda que faz de feira do livro pelas bandas de Algés (o tamanho parece-me bem ajustado ao nível cultural da zona) e, entre inegáveis pérolas literárias, eis que encontro um almanaque da nossa selecção de futebol, com todos os jogos da história da equipa das quinas até ao Euro 2004. Bom historiador amador como sou, e dado o preço irrisório (€1,5), fui forçado a exercer a aquisição.
Folheava o mesmo quando encontro uma síntese do jogo Portugal-Holanda, da qualificação para o campeonato da Europa, decorria o longínquo ano de 1990. Deparei-me com esta pérola, e peço especial atenção para a parte final e para o meu jogador preferido de sempre no Sporting. Transcrevendo:
"Só em 1990 se deu o primeiro confronto de sempre entre as selecções principais de Portugal e da Holanda. E a vitória sorriu aos tais portugueses simpáticos, que derrubaram o campeão europeu com um cabeceamento de Rui Águas. A derrota abalou os holandeses, que nunca criaram real perigo para Silvino. No final do jogo, Rinus Michels estava desolado e disparou contra Artur Jorge: "É inadmissível jogar como fizeram os portugueses. Na Holanda, um treinador que utilizasse um sistema tão defensivo era logo despedido." A caminho dos balneários, Van Basten, frustrado com a marcação cerrada que lhe moveu Veloso, esmurrou o benfiquista, levando imediato "troco" de Oceano e Paneira."
Por curiosidade, as equipas:
PORTUGAL: Silvino; João Pinto, Venâncio, Veloso e Leal; Oceano; Paneira, Nelo (Carlos Xavier) e Semedo (Jorge Ferreira); Rui Águas e Cadete
HOLANDA: Van Breukelen; Blind, De Boer (Gillhaus), Valckx e Van Tiggelen (Van't Schip); Rutjes, Vanenburg, Witschge e Gullit; Van Basten e Bergkamp.
Nos meus arquivos fotográficos, desencantei isto:
Aproveitando que o tema é cultura (franze o sobreolho e prossegue a leitura, Igor Shalimov, que Oscar Wilde virá mais tarde e de Milan Kundera jamais escreverei), e tendo eu notado desde que cheguei a Portugal uma tendência salutável de pôr as gentes a ler desde pequenas, deixo aqui como curiosidade, ou como um "porque não?", uma lei recentemente aprovada e posta em prática na holanda. Perdoem-me se não a sei a fundo.
As notas dos alunos (de liceu, pelo menos, digamos que duns 13 a uns 18 anos), ficam retidas, se eles não cumprirem com certos requerimentos culturais. Nomeadamente, o assistir a pelo menos 3 peças de teatro anuais. (Posso estar a inventar os valores e o período de tempo, isto veio à baila numa conversa na agência onde estive a estagiar em Amesterdão). Quem diz teatro, pode alargar a uma panóplia de outros acontecimentos/factores culturais. Só uma ideia que me pareceu interessante. Óbvio que os preços para esses alunos são pornograficamente baratos, e há também peças feitas especialmente para crianças, mas não andam os actores sempre a queixar-se de falta de trabalho?
E, para a Teresa Rebello de Andrade, aqui tens Xiu Xiu. Fico à espera do parecer.
Ora passei eu hoje de manhã por uma pequena tenda que faz de feira do livro pelas bandas de Algés (o tamanho parece-me bem ajustado ao nível cultural da zona) e, entre inegáveis pérolas literárias, eis que encontro um almanaque da nossa selecção de futebol, com todos os jogos da história da equipa das quinas até ao Euro 2004. Bom historiador amador como sou, e dado o preço irrisório (€1,5), fui forçado a exercer a aquisição.
Folheava o mesmo quando encontro uma síntese do jogo Portugal-Holanda, da qualificação para o campeonato da Europa, decorria o longínquo ano de 1990. Deparei-me com esta pérola, e peço especial atenção para a parte final e para o meu jogador preferido de sempre no Sporting. Transcrevendo:
"Só em 1990 se deu o primeiro confronto de sempre entre as selecções principais de Portugal e da Holanda. E a vitória sorriu aos tais portugueses simpáticos, que derrubaram o campeão europeu com um cabeceamento de Rui Águas. A derrota abalou os holandeses, que nunca criaram real perigo para Silvino. No final do jogo, Rinus Michels estava desolado e disparou contra Artur Jorge: "É inadmissível jogar como fizeram os portugueses. Na Holanda, um treinador que utilizasse um sistema tão defensivo era logo despedido." A caminho dos balneários, Van Basten, frustrado com a marcação cerrada que lhe moveu Veloso, esmurrou o benfiquista, levando imediato "troco" de Oceano e Paneira."
Por curiosidade, as equipas:
PORTUGAL: Silvino; João Pinto, Venâncio, Veloso e Leal; Oceano; Paneira, Nelo (Carlos Xavier) e Semedo (Jorge Ferreira); Rui Águas e Cadete
HOLANDA: Van Breukelen; Blind, De Boer (Gillhaus), Valckx e Van Tiggelen (Van't Schip); Rutjes, Vanenburg, Witschge e Gullit; Van Basten e Bergkamp.
Nos meus arquivos fotográficos, desencantei isto:
Aproveitando que o tema é cultura (franze o sobreolho e prossegue a leitura, Igor Shalimov, que Oscar Wilde virá mais tarde e de Milan Kundera jamais escreverei), e tendo eu notado desde que cheguei a Portugal uma tendência salutável de pôr as gentes a ler desde pequenas, deixo aqui como curiosidade, ou como um "porque não?", uma lei recentemente aprovada e posta em prática na holanda. Perdoem-me se não a sei a fundo.
As notas dos alunos (de liceu, pelo menos, digamos que duns 13 a uns 18 anos), ficam retidas, se eles não cumprirem com certos requerimentos culturais. Nomeadamente, o assistir a pelo menos 3 peças de teatro anuais. (Posso estar a inventar os valores e o período de tempo, isto veio à baila numa conversa na agência onde estive a estagiar em Amesterdão). Quem diz teatro, pode alargar a uma panóplia de outros acontecimentos/factores culturais. Só uma ideia que me pareceu interessante. Óbvio que os preços para esses alunos são pornograficamente baratos, e há também peças feitas especialmente para crianças, mas não andam os actores sempre a queixar-se de falta de trabalho?
E, para a Teresa Rebello de Andrade, aqui tens Xiu Xiu. Fico à espera do parecer.