12.2.06

Segovia

Para combater a imobilidade instalada - o chamado "temos que ir, temos que ir" que invariavelmente nunca sucede - que nos assolava nos últimos tempos, decidi, com uma semana de antecedência, avisar os interessados que no próximo sábado iriamos passar o dia à histórica cidade de Segóvia.

Dito e feito: 8 pessoas, divididas por 2 carros (o meu e o do Fabian, meu companheiro de casa alemão), saíram de Madrid pelas 14:00 para uma viagem estimada em 1 hora de caminho. Às 18:00, finalmente chegávamos a Segóvia, depois de termos andado kms e kms em direcção a Burgos, de termos almoçado num pueblo mínimo no sopé de uma montanha, de termos atravessado cordilheiras cobertas de neve, de ter parado nas mesmas para as meninas "brincarem" às guerras e de termos chegado aos 1900 metros de altitude. Isto para não falarmos do facto de os nossos carros se terem perdido algures no caminho, não por uma mas por duas vezes.


Aqui estamos nós em frente ao assador el molino, enquanto esperávamos pelo alemão, cujo carro andava perdido. Reza a crónica que os clientes que entram pelo el molino adentro, jamais são vistos a esboçar qualquer tipo de emoção, pelo que optamos por salvaguardar uma certa distância do local.


Segóvia: cidade que prosperou em épocas medievais, morada de muita da alta nobreza, e actualmente mantém muitas das suas antigas fachadas, com o castelo de Alcazar, o aqueduto, o centro histórico isolado por altas muralhas, a imponente catedral e um sem número de estreitas ruelas e casas que nos transportam a uma Espanha e a uma Castilha com mais de quatro séculos de existência.
Para saber mais: http://www.segoviamint.org/english/segovia.htm


Aqui estão, iluminadas, as muralhas que rodeiam o centro histórico.


Chegamos tarde mas ainda de dia. Separei-me do grupo para explorar à minha maneira: andei por ruas onde não havia espaço para duas pessoas se cruzarem, tirei a minha quota parte turística de fotos e gravei os meus vídeos, vi uma exposição sobre Cristóvão Colombo e entrei num museu de bruxaria. Acabei a beber uma caña com o "resto do pessoal" antes de tomarmos o caminho de volta, lá para as 22:00. Caminho que durou, agora sim, uma hora.

A Catedral, construída no século XVI, é o edifício mais alto de toda a cidade.