23.11.05

Nogueira e Matthäus - Parte II

II. Apresentação

António José Nogueira Santos jogou em diversos clubes de renome em Portugal, caso de um Académico de Viseu, um Penafiel, um Boavista ou mesmo de um Vitória Futebol Clube. Alegadamente, nasceu em Lisboa.
Viajando de volta à época de 92/93, Nogueira jogava a trinco, equipando de axadrezado, e era simplistamente descrito como…

«É um jogador de claro perfil defensivo, como bem o demonstra o facto de ter jogado como central, em muitas ocasiões. É muito apreciado pelo seu desenvolvimento físico, a sua capacidade de anular o jogo rival e o domínio correcto da bola. Está na órbita da selecção.»

Vamos analisar este testemunho: Órbita pode ser entendido como limite, que por sua vez pode ser interpretado como meta. Conclusão? Que Nogueira era o “alvo” da selecção, um jogador-chave por onde todas as jogadas tinham obrigatoriamente que passar, para que ele tomasse as rédeas de toda a equipa e a conduzisse ao caminho da vitória e do sucesso. Retomaremos este pensamento mais adiante.

Lothar Matthäus começou no Borussia de Mönchengladbach, tendo passado posteriormente doze épocas em Munique, ao serviço do Bayern, intervalados por quatro anos na série A ao serviço do Inter de Milão. Acabou a carreira em 2000 ao serviço dos Metrostars, equipa norte americana outrora orientada por esse símbolo da coordenação técnica lusa, Carlos Queiroz.


Detém o recorde do jogador com mais presenças em fases finais de Mundiais, cinco (’82, ’86, ’90, ’94, ’98), em conjunto com o antigo internacional mexicano Carbajal. Com este único dado estatístico podemos comprovar que, tal como Nogueira, Matthäus era também pedra fulcral na estrutura táctica da sua selecção.
Em 1990, ano em que conduziu a Alemanha à vitória final no mundial de Itália, foi eleito melhor futebolista do mundo, título que manteve no ano seguinte.

O que acabei de relatar prova, indiscutivelmente, que estamos perante dois jogadores de enorme talento futebolístico, dois marcos na história do desporto que servem de referência tanto a jovens como a historiadores. Mas de factos históricos está o armário cheio, e o que todos nós queremos são dados concretos, provas que tornem esta especulação lançada pela minha pessoa em algo de concreto, algo de tangível. Como uma tangerina nas mãos de um rapaz da República Centro Africana, também eu descascarei todas as falcatruas e aldrabices que enublam toda a história destes dois irmãos gémeos. Sem mais demora, passemos ao sumo deste meu trabalho, à parte vitaminada.