30.9.05

Palavras Sábias (para mastigar mentalmente)

Eu admito… nunca fui fã de Dragon Ball, muito menos de Dragon Ball Z. Porém, - e revelo isto aqui, hoje, em praça pública - não só me envergonho disso, como me arrependo e sinto intrinsecamente que tal conjuntura me marcou (fisicamente, não há chagas para o provar) e me impediu de, hoje em dia, ser um lateral direito com provas dadas no futebol português, ou mesmo um missionário com obra feita no Zimbabué. Para jogar à bola, já vou tarde, ou pelo menos cansado. Para ser missionário não, tenho só de esperar que saiam os dvd’s dos desenhos animados, mama-los todos de rajada e meter-me no seminário o mais depressa possível. Tenho, também, de ir até ao Zimbabué.

Parando de divagar, vou acelerar o passo (piadinha óbvia, no entanto inevitável) rumo ao cerne deste post: um pensamento profundo, de mim, para todos vós.

Estava num qualquer dia a zappingzar quando parei perante Dragon Ball (se seria Z ou não, temo nunca chegar a saber), quiçá numa derradeira tentativa para reviver uma juventude tão perecível quão nostálgica (já tenho cabelos brancos, porra!). Tartaruga Genial (na foto), apresentava ao jovem e ainda naive Songoku uma nuvem mágica. A criança, olhando para algo que se assemelhava a algodão doce, espeta-lhe uma bruta trinca, à qual o brilhante cágado (tartaruga genial, brilhante cágado, haverá diferença?), atónito, apenas consegue retorquir (e eis a aguardada frase):

“Não é para comer, é para respeitar”


Quem não consegue extrair daqui uma tremenda lição de vida, um abalo à sociedade à qual pacatamente fazemos parte, que Deus tenha complacência perante tanta estagnação espiritual, tanta acomodação. Convém também salientar que a nuvem mágica em questão seria um potencial meio de transporte (pequeno plágio ao tapete de Aladino, mas quem sou eu para lançar aqui acusações?), mas única e exclusivamente aos puros de espírito. O velho sábio, que usava os seus séculos de existência para discernir entre o bem e o mal, não conseguiu subir para a nuvem, enquanto o jovem maçarico, que contava apenas com o seu instinto, o fez em três tempos.

Depois deste anexo explicativo, certamente que todos conseguem sugar a substância mística que provem (de provir, não de provar. Provar em termos incriminatórios, não gastronómicos!) da frase, certo?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Entao o que qeures dizer, é que jamais deveremos confiar no brilhante cágado... é isso?

domingo, 30 outubro, 2005  

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