19.1.06

Novo blog sobre o desporto rei!

De modo a solucionar a minha ânsia em escrever sobre o desporto preferido das grandes massas lusas, resolvi, em parceria com outros tantos aficionados, inaugurar um novo blog. Tomando por nome um penetrante Silvino's Champiões Liga, trata-se de uma justa homenagem - que sim, peca por tardia - a esse grande porteiro que defendeu inúmeras redes por ervados nacionais durante anos a fio.

Comprometo-me, no blog em questão, em aliar a estupidez inerente a todos meus comentários, a uma certa dose de aparente conhecimento futebolístico que se revelará, em última análise, ser apenas "cultura championship manager".

Para quem estiver interessado e/ou simplesmente entediado, aqui deixo o endereço:

http://silvinos.blogspot.com/

Os temas abordados no supracitado vão desde o "soporiferamente atraente" futebol corrente, o puro e duro "mandar vir", aquela nostalgia macabra, factos & curiosidades (qual a verdadeira razão por detrás do estranho semblante de Nito?), e a bigamia e os seus diferentes elos de ligação com o futebol no novo milénio, entre muitos outros tópicos de interesse duvidoso.

Dado que são diversos os bloguistas a "escarrar" para o blog desde elaboradas teses a meros conjuntos de letras presas por arames, convém procurar o consagrado selo de qualidade "LCF" (que não é um diminuitivo de Lucifer, mas sim as iniciais do meu nome e respectivos apelidos) no final de cada texto.

Despeço-me, cordialmente.

16.1.06

Continuo com pulsação

Contra todas as expectativas (e intimos desejos obscuros!!), mantenho-me debaixo do mesmo céu que todos vós. Depois de ter sido vítima de um brutal assalto, de ter feito os 650km Madrid-Lisboa com um parlapier non-stop (a junção do francês e do britânico demonstra a minha internacional versatilidade vocabular) por parte da folclórica dupla Mafy Gonçalves & Bernas Carvalho, e de finalmente ter concretizado outros tantos quilómetros de volta, ermo, com um único cd e durante o breu nocturno (tenho aversão por guiar "às escuras"; aversão essa que, no entanto, é largamente superada pela minha aversão ao trânsito), com uma ou outra acção trivial intercalada (um cortar de unhas, um banho tomado, um soufflé não cozinhado), volto a escrever neste mesmo blog que nunca ninguém lê.

Começemos, porque não, pelo princípio: o assalto. Estando eu certo dia a caminho de casa, mais cedo do que o habitual devido a uma pontual má disposição, resolvi entretanto parar no supermercado com o intuito de comprar algumas necessárias provisões. De volta ao caminho que havia interrompido, chego a casa apenas para me deparar inconscientemente com algo anormal... no entanto, mantive o acto reflexo de levar a chave à porta, só para esta se abrir ligeiramente ao primeiro toque. Ora a nossa seguríssima porta, retirada certamente de uma das 2 primeiras casas da fábula "os 3 porquinhos" (as sem cimento...), tinha sido arrombada com um mero pé de cabra. Entrei imediatamente, ainda incrédulo, para ver o que se passava. Cedo esse sentimento deu lugar ao nervoso, enquanto vasculhava o meu quarto à procura das peças que faltavam, para posteriormente estabilizar uma espécie de revolta silenciosa, misturada com uma agonia vazia.

Inventário do que roubaram:
a mim: o meu portátil, com tudo e mais alguma coisa dentro e sem nenhum backup fora (significando um ano de trabalho deitado à rua, desde trabalhos de publicidade, textos, fotos, seguindo-se uma interminável lista de “coisas” que eu possuía e entre as quais não havia qualquer tipo de pornografia infantil); cerca de 100 euros em "efectivo" mais qualquer coisa como 15 euros em "trocadinhos" que estavam numa antiga caixinha de gomas!
ao nacho: um relógio, 125 euros, um boné (adoro dizer boné! Boné boné boné) e o seu par de sapatos preferido;
Ao Fer: nada, dado que saiu de casa expulso pelo pai do Nacho (desenvolvimentos virão num post posterior) no dia anterior ao assalto, o que é uma pena porque ele tinha um portátil topo de gama que reduziria as hipóteses de sacrifício do meu.
Curiosidades: Não levaram o portátil do Nacho, que por mero acaso estava, tal como o meu, em cima da secretária, só que em vez de ligado, estava dentro duma pasta... Não levaram a minha máquina de filmar que estava mesmo ao lado do computador; levaram toda a sensação de segurança que eu vinha lentamente a recuperar desde que me tinham assaltado o carro durante o verão no Algarve. Em suma: um acontecimento com o qual se pode aprender e crescer, uma experiência, mas algo invariavelmente desagradável.

Continuando: Entrei, portanto, na semana da produção sem computador. Um contratempo ultrapassado graças ao auxílio financeiro do senhor meu pai, que felizmente me ofereceu um macintosh. Seguiram-se duas semanas em que me deitava todo o santo dia depois das 4 da manhã, sempre a trabalhar. Passei inclusivé o dia dos meus anos a trabalhar. Depois de aventuras e desventuras (que expressão tão desenho-animadesca) para os imprimir, aprumar, alterar, reimprimir, colar em k-line, etc., dia 18 lá estavamos na escola com todos os trabalhos prontos a entregar para avaliação por um painel de dignos profissionais do ramo.
Para primeiro quarter, o balanço acabou por ser positivo: trabalhei como nunca (pelo menos durante as derradeiras semanas), o que foi um choque para um fã incondicional do lazer e do ócio como eu. Os trabalhos não ficaram fabulosos mas tão pouco maus. E acabei por ganhar um prémio de bronze (em 150, cerca de 15 são premiados), que segundo os professores só não foi mais porque a direcção de arte podia estar melhor - o que acaba por não ser mau para uma peça que fiz sozinho em quatro horas no último dia. É um ponto de partida, algo palpável a partir do qual posso analisar a minha evolução.

Finalizando: duas semanas em Lisboa, a princípio com tempo para tudo, no fim já a correr dum lado para o outro (o facto de comprimir todos os meus compromissos sociais de 3 meses em meros 15 dias fez-me sentir uma pessoa com uma agenda sobrelotada). Ponto alto: o nosso jogo de futebol televisionado (melhor dizendo, filmado para posterior lançamento em formato dvd que será realizado pela minha pessoa). Equipamentos feitos, adversário escolhido, campo marcado e lá estavamos no dia 7 de Janeiro de 2006, os 11 jogadores mais cameraman (obrigado ascensão) mais fotógrafa (obrigado mariana). Perdemos, é um facto, injustamente ou não é algo irrelevante para os anais da história. Não deixou, contudo, de ser uma bela despedida, seguida de churrascada na Praia Grande e uma "palhaçada" de uma encenação do Domingo Desportivo que caberá no mesmo dvd. Para a posteridade, fica aqui a foto de família.



Esq. para Dir., Cima para baixo: Cabral, Lavagante, Cara d'anjo, Xara Brasil, Gordo, Pedro Martins; Sonso, Doctore, Silva, Richie, Manelinho.